Eu finjo que não estou magoada, e ando pelo mundo como se estivesse me divertindo.

Eu não deveria me surpreender mais. Posso dizer que eu me tornei uma mulher forte e independente, mas não posso enganar a mim mesma. Ainda dói. Dói quando eu vejo que não importa o que eu faça, o quanto amor eu te dê, você não vai me escolher. Você sempre irá colocá-lo antes de mim em qualquer situação. Você consegue ver quando eu finjo que não ligo mas eu não sorrio? Ou meu sorriso também não importa pra você? Eu te conto sobre o meu dia, as pessoas que eu acho que não gostam de mim, os elogios que eu recebi... Você ouve como se estivesse prestando atenção, mas eu nunca posso ter certeza. Não com você. Ok, acabou. Foi o que eu disse, não foi? Que eu vou escolher a mim mesma ainda que isso me faça ir perdendo algumas partes de mim pelo caminho. Eu não posso me dar ao luxo de permanecer cheia de nada e as lágrimas continuarem rolando. Não faz mais sentido pra mim. Eu preciso ter algo que me preencha e me deixe feliz e isso não inclui seu amor cheio de espinhos. Não quero correr o risco de ser espetada e voar por aí sem rumo. Já perdi a conta de quantas palavras eu já dediquei pra você e ainda assim não consigo parar, não consigo obrigar a mim mesma a deixar pra lá. É como uma história que nunca tem fim. O ponto final sempre se torna uma vírgula e nós escrevemos mais um capítulo. No momento, eu estou apenas esperando uma tragédia acontecer.